Para onde vai a madeira que é extraída da Amazônia? Novo sistema busca responder a esta pergunta
3/08/2017 07:27:00 PM
O Governo Federal lançou, em cerimônia pública nesta terça-feira (7), em
Brasília (DF), o Sinaflor – Sistema Nacional de Controle da Origem dos
Produtos Florestais.
Desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos
Naturais (Ibama), o Sinaflor é uma ferramenta que vai rastrear toda a
cadeia produtiva da madeira, do carvão e de outros produtos florestais -
e, com isso, ajudar a reduzir os índices de ilegalidade deste setor e
contribuir com a redução do desmatamento das florestas brasileiras.
As bases para a implantação do Sinaflor surgiram com a Lei 12.651 de
2012, o novo Código Florestal. Ali, ficou estabelecido que um sistema
nacional para a gestão florestal em todo o País deveria ser concebido e
implantado.
Na prática, os responsáveis técnicos pelos planos de exploração
florestal vão cadastrar suas informações no Sinaflor – neste espaço, os
dados técnicos e legais dos empreendimentos ficarão disponíveis para o
Ibama, para os órgãos estaduais de Meio Ambiente, órgãos de segurança
pública, fazendária e do judiciário. Sem oferecer as informações, os
empreendedores não terão acesso às autorizações de exploração,
transporte e comercialização. Vantagens
Outros instrumentos de controle já existentes, como o Documento de
Origem Florestal (DOF) e o Cadastro Ambiental Rural (CAR), serão
incorporados ao Sinaflor - gerando um banco de dados único que permitirá
a visualização, mais precisa, da exploração florestal feita no Brasil.
Com isso, ganha-se mais agilidade no controle da origem dos produtos
florestais, já que os processos de autorização passam a ser eletrônicos;
a possibilidade de rastreamento do produto florestal, da origem ao
destino; e maior segurança na disponibilização de créditos para produtos
florestais, já que o processo também será feito de forma eletrônica,
sem interferência humana e, portanto, menos sujeito a “subjetividades”.
Mais vantagens deste sistema incluem a geração de informações sobre a
dinâmica de uso e ocupação do solo no interior de imóveis rurais; e a
geração de informações sobre áreas de desmatamento por todo o País.
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