Pesquisas com árvores transgênicas avançam no Brasil e no mundo
11/24/2016 05:52:00 PM
Cientistas do Brasil e do mundo lançam mão da biotecnologia para
modificar geneticamente o eucalipto e desenvolver novas variedades que
expressam diversas características. As pesquisas buscam, por exemplo,
maior densidade e volume, melhorar qualidade da madeira, aumentar o teor
de celulose e ganhar eficiência e rendimento na produção e obtenção da
celulose. Há pesquisas que pretendem, ainda, desenvolver plantas com
tolerância a herbicidas e resistência a insetos, vírus, bactérias,
fungos e parasitas, além de tolerância ao frio, à salinidade e à falta
de água.
Embora o Brasil ocupe posição de destaque no cenário mundial do
melhoramento genético das florestas plantadas, não é somente no País nem
apenas com eucalipto que existem pesquisas. A diretora-executiva do
Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), a bióloga Adriana Brondani,
menciona que há três nações na vanguarda desses estudos. “Além do
Brasil, devemos destacar também os Estados Unidos e a China”, revela.
Por conta das características de clima e solo, as pesquisas com
árvores transgênicas nos Estados Unidos se concentram em variedades de
pinus. O pesquisador em Biotecnologia da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS) Giancarlo Pasquali lembra que os norte-americanos já têm um mamoeiro (papaya) resistente ao vírus da mancha anelar liberado comercialmente e aprovado para consumo nos EUA e no Canadá desde 1998.
Em relação às árvores transgênicas sob análise para liberação
comercial nos Estados Unidos, Pasquali cita três espécies: a
ameixeira-preta (Prunus domestica) resistente a vírus, um
eucalipto tolerante ao frio e o choupo-do-Canadá resistente ao
besouro-das-folhas. Na China, há plantações e comercialização de álamos
transgênicos do gênero Populus desde 2001. “Essas espécies são
resistentes a insetos e plantadas comercialmente para produção de
celulose, papel e combustível”, diz Pasquali. No país asiático, a
presença de insetos desfolhadores em plantações de Populus levou os pesquisadores locais a introduzirem os genes de resistência a esses insetos nessas árvores.
Fonte: Redação CIB, novembro de 2016
http://cib.org.br/pesquisas-com-arvores-transgenicas-avancam-no-brasil-e-no-mundo
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