Professor da Uergs apresenta pesquisa sobre a mobilidade da população durante a pandemia da Covid-19
4/22/2020 05:26:00 AMFonte: Uergs
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Uergs, Rafael Haag, está realizando uma pesquisa sobre a mobilidade da população durante o período em que é recomendado o isolamento social como medida de prevenção à Covid-19. Estão sendo utilizados dados fornecidos pelo Google para desenvolver gráficos que demonstram o tempo médio de deslocamento, freqüência e permanência da população em residências, meios de transporte, locais de trabalho, áreas de lazer e comércio. A pesquisa compara informações do período em que o país entrou em quarentena com o período anterior, entre 3 de janeiro e 6 de fevereiro.
“Estas informações são de extrema importância, pois possibilitam identificar os hábitos de mobilidade populacional durante o período de quarentena e auxiliar nas tomadas de decisões por parte dos gestores públicos”, diz o pesquisador.
Haag emprega informações disponibilizadas gratuitamente pela plataforma Google Mobility. Os gráficos que resultam da pesquisa são atualizados frequentemente e, nesta semana, o pesquisador apresentou os resultados da análise da mobilidade da população do Rio Grande do Sul comparada com a de outros estados brasileiros e com a das cidades de Nova York, nos Estados Unidos, e de Buenos Aires, na Argentina.
“Nova iorquinos e os porteños estão respeitando mais a quarentena que os gaúchos. Até agora o dia de menor mobilidade no RS foi no dia 10 de abril, sexta-feira Santa!”, comenta Haag.
Na comparação com outros estados brasileiros, o Rio Grande do Sul aparece como um dos que mais respeita as recomendações sobre o isolamento. O tempo de permanência dos gaúchos em casa foi de 18% no período entre 1º e 11 de abril. Também está nesta faixa a população do Rio Grande do Norte.
A pesquisa também mostra que a permanência dos gaúchos em locais de trabalho caiu 31% e a visitação a parques públicos, como praias, diminuiu em 68%. Santa Catarina foi o estado que registrou menor presença em parques e praias, com diminuição de 80%.
Os gráficos gerados durante a pesquisa e a análise estão disponíveis aos gestores públicos e à população no site da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação.
Texto: Daiane de Carvalho Madruga
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